Ligo para a American Airlines. Depois de digitar 3, digitar 7, digitar 3 de novo e penar para que o software de reconhecimento de voz entendesse meu sotaque, enfim ouço uma voz humana.
– American Airlines, boa tarde.
– Boa tarde. Eu queria checar uma informação sobre bagagens.
Silêncio.
– Tenho um vôo marcado para o Brasil e queria saber qual é o limite de bagagem exatamente.
– Dois volumes de 50 libras.
– Você tem certeza? O site diz que para o Brasil são duas malas de 70 libras.
– Só um momento que eu vou transferir para os responsáveis pelo site.
Musiquinha.
– American Airlines, boa tarde.
Faço a mesmo pergunta, recebo a mesma resposta. Insisto.
– Mas o site diz que são duas de 70 libras.
– Ah, acho que é isso mesmo.
– Será que você poderia se certificar? É importante.
– Um momento.
Nova musiquinha. Surge uma terceira atendente.
– American Airlines, boa tarde.
Explico novamente a complexa situação.
– Aguarde um momento enquanto localizo sua reserva.
– Eu só queria checar se existe mesmo essa exceção para—
– Senhor, eu pedi para aguardar.
– Desculpe.
Silêncio.
– O senhor tem razão. Para o Brasil são duas malas de 70 libras.
– E você sabe me dizer se as malas vão direto para São Paulo, ou se eu preciso despachá-las novamente na conexão?
– Só um momento que eu vou transferi-lo.
– NÃO! Não precisa, obrigado. Eu pergunto no aeroporto. Boa tarde.
Na dúvida, achei melhor imprimir a página do site… e deixar juntinho com minha mala de 69.7 libras.